Inovações frugais são voltadas para solução tanto de problemas sociais quanto empresariais complexos em contextos com restrições de acesso a recursos, por exemplo em países emergentes e em desenvolvimento.

É uma abordagem de desenvolvimento que baseia-se no profundo conhecimento das necessidades, na otimização dos recursos locais, na priorização de funcionalidades, na acessibilidade econômica e no alto desempenho de um produto para alcançar a sustentabilidade, escalabilidade e impacto dos projetos.

A inovação frugal não está restrita apenas a países em desenvolvimento e pode ser aplicada em diferentes contextos ao redor do mundo, por exemplo, na formulação de estratégias de economia circular. Empresas, organizações e empreendedores estão cada vez mais reconhecendo o valor dessa abordagem inovadora para criar soluções eficazes e acessíveis.

A estratégia de Inovação Frugal baseia-se nos 10 atributos de inovação frugal divulgados pelo Frugal Innovation Hub da Universidade Jesuíta de Santa Clara, na Califórnia.

Os atributos de inovação frugal foram documentados por Basu, Banerjee e Sweeny (2013) e baseiam-se no trabalho de Daniel George Strickland, PhD, e Radha Basu.

Um caso muito bem conhecido de inovação frugal brasileira é o da lâmpada de Moser, criada pelo mecânico mineiro Alfredo Moser durante a série de apagões que o Brasil enfrentou em 2002. Interessante é que a inovação se disseminou primeiro para as Filipinas e depois para o restante do Brasil e tem sido promovida pela Organização Não Governamental Litro de Luz. Esse caso foi explorado pela Innodeva em podcast e vídeo na Série Onda Frugal.

Para as empresas, inovações frugais lhes permitem atuar em um contexto dinâmico e competitivo e de restrições de recursos. Levam à otimização de custos, promovendo sustentabilidade e adaptação às mudanças nas preferências e necessidades dos consumidores.

A Innodeva é membro da Red Latinoamericana de Innovación Frugal e membro-fundador da Rede Brasileira de Inovação Frugal.